quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Associação Profissional de Arqueólogos Comunica!!!

COMUNICADO 

Passaram 12 meses desde que a Associação Profissional de Arqueólogos 
(APA) emitiu dois comunicados sobre a situação laboral precária de 
trabalhadores do Ministério da Cultura (MC) que asseguram a execução 
de tarefas fundamentais para que o Estado cumpra as suas obrigações 
face ao património arqueológico, conforme definidas na legislação 
nacional e nas convenções internacionais que ratificou. 

Passaram 8 meses desde que a APA enviou ao ministro da Cultura o 
documento “Arqueologia Portuguesa em Revista: Posição da APA sobre a 
organização institucional e as condições do exercício profissional da 
actividade arqueológica”, resultado de um amplo debate realizado 
entre profissionais de arqueologia no primeiro trimestre do ano, em 
que se diagnosticavam problemas e se apontavam soluções. 

Passaram 5 meses desde a entrega no gabinete do ministro da Cultura 
de uma petição em que os 1475 subscritores manifestavam a sua 
apreensão pelo futuro da maior biblioteca especializada em património 
arqueológico do País, bem como de todo o valioso acervo do ex- 
Instituto Português de Arqueologia, face ao anúncio de 
desmantelamento das instalações do MC na Av. da Índia, para dar 
início à construção do futuro Museu dos Coches. 

Neste final de 2008 não conhecemos nenhuma solução ou proposta 
concreta para a resolução dos problemas que temos vindo a denunciar e 
o MC mantém-se mudo face às nossas propostas de colaboração em 
questões concretas, como por exemplo na sempre adiada regulamentação 
da Lei de Bases do Património Cultural publicada em 2001. 

A Direcção da APA teme que o ano de 2009, a par da amplitude de um 
cenário negativo que já está instalado na nossa sociedade, seja 
também o corolário da regressão no desenvolvimento notável que a 
actividade arqueológica sofreu desde a eclosão do “dossier Côa”. 
Vimos assim expressar a nossa preocupação e indignação relativamente 
à ausência de definição de uma política clara e inequívoca de 
investimento no património arqueológico português e exigir que o 
governo corrija esta situação de modo a que se possa garantir a 
salvaguarda desta parcela da nossa memória e identidade colectiva. 

29 de Dezembro 2008 

A Direcção da APA 


in, APA, Dezembro de 2008

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