quinta-feira, 12 de março de 2009

O Complexo Património Cultural de Todos Nós!

O Património cultural em toda a sua envolvência, deve ser entendido  como sendo um complexo formado em torno da ancestral necessidade que os povos sempre tiveram de herdar o seu passado. Conquanto, o perigo de se  cair em erro e maltratar esse passado, deturpando-o com mentiras institucionalizadas é uma realidade patente em muitas sociedades. Logo, o trabalho dos Arqueólogos e Técnicos de Património Cultural, deverá possuir contornos exactos, estes serão responsáveis por reescrever a História, caso seja necessário.  É do entendimento geral, que algo que teve lugar há 400 anos, dificilmente chegará informação viável aos nossos dias, na ausência da mesma podermos especular, mas nunca institucionalizar.
Deste modo, deixo o repto aos jovens e não só, que neste momento estão a iniciar-se no mundo da Arqueologia e do Património Cultural, para que venham aqui discutir e apresentar as suas ideias quanto ao património de todos nós.

Nestas questões há sempre duas balanças, então vamos fazer pelo menos uma pender para o nosso lado.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Intervenções no património levantam dúvidas!!!

"A intervenção no património só deve ser feita por empresas especializadas, alertam os peritos ouvidos pelo PÚBLICO, depois do anúncio do ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, de que tinha chegado a acordo com as empresas de construção civil para que um por cento das grandes empreitadas de obras públicas revertesse para a recuperação de monumentos.

"Temos que ter com o património o mesmo cuidado que com uma obra--prima num museu. Não se leva um quadro à lavandaria da esquina para ser limpo", diz José Aguiar, da comissão nacional portuguesa do Conselho Internacional dos Monumentos e dos Sítios (Icomos)

Não há qualquer motivo para preocupação, garante Manuel Agria, vice -presidente da Associação Nacional de Empreiteiros e Obras Públicas (ANEOP), que na semana passada anunciou a conclusão formal do acordo com o Ministério da Cultura. "A empresa à qual é adjudicada a empreitada compromete-se a dar em espécie um por cento para a recuperação do património. Se não puder ela própria realizar a obra, pode sempre fazer uma subempreitada", afirma, reconhecendo que "há um leque mais reduzido de empresas habilitadas" a intervir em monumentos."

in, Público, Fevereiro de 2009
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Estamos a preparar o caminho para que mais tarde venhamos a ter problemas maiores com o Património. Por detrás desta situação deve estar a redução de custos, entregando a empresas privadas o restauro/valorização do Património. Quando vem ao de cima noticias como estas... Temos pelo Património.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Petição Pela permanência do Museu Nacional de Arqueologia no Mosteiro dos Jerónimos

"Caras amigas e amigos, 

Como já deve ser do conhecimento de alguns, o Ministério da Cultura e da Defesa estão em negociações para “fazer uma troca”, que na prática implica que Museu Nacional de Arqueologia saía do Mosteiro dos Jerónimos para o Museu de Marinha se poder alargar. 


Considero isso um absurdo por várias razões: 

O Museu Nacional de Arqueologia nos Jerónimos desde 1903 e tem um passado que se confunde com o próprio mosteiro (razão histórica) 

Desde a década de 90 do século XX sucessivos governos têm prometido obras no MNA que nunca aconteceram e o museu tem continuado a funcionar sem grandes condições, mas com resultados cada vez mais positivos expressos pelo crescente número de visitantes. (razão política) 

O MNA é o museu nacional com maior espólio e a transferência das suas colecções é um processos muito complicado e moroso, já para não falar que o edifício para o qual querem transferir o museu, não reúne à data condições técnicas para albergar tal espólio que é propriedade de todos portugueses (razão técnica) 

Tal decisão implica o encerramento por vários anosdo MNA e assim privar o país e as escolas dos seus serviços. Estamos a falar do 2º museu nacional mais visitado da Rede Portuguesa de Museus (Razão social, cultural e educativa) 

No fundo, a questão essencial é uma questão de justiça... o MNA precisa de ampliar o seu espaço expositivo e o mosteiro necessita de obras, trocar a instituição que ocupa o espaço não serve os interesses de ninguém nem faz os problemas desaparecerem. 


Se concordarem assinem a petição em: http://www.peticao.com.pt/museu-nacional-de-arqueologia 

indicando o nº de BI, data e local de emissão. A todos muito obrigado. 

PS: só para constar o Museu de Marinha tem muitas alternativas: 

1- Expandir o espaço expositivo para o parque de estacionamento ao lado do pavilhão das galeotas 

2- Ocupar a Cordoaria pois já pertence ao ministério que o tutela"

in, Fórum Arqueologia, Janeiro de 2009
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Por todo o Mundo cibernetico Português, a petição contra a mudança do MNA do Mosteiro dos Jeronimos para a Cordoaria Nacional, tem percorrido os espaços dedicados à arqueologia. Segundo o texto introdutório da petição, ficamos a saber um pouco da história deste museu e do facto que desde de 1903, este ter lugar no Mosteiro dos Jenónimos. Logo, pura e simplesmente devido a esta razão acredito que esta opção nunca deveria ter sido colocada.

Meus amigos, convido-os assinar a petição http://www.peticao.com.pt/museu-nacional-de-arqueologia

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

BBC - Pompeii - The Last Day 4/5

Museus de Portimão e Faro integram projecto nacional e vão a Espanha

"Os museus municipais de Portimão e de Faro integram um projecto nacional que criou nove guias de museus dirigidos aos mais jovens, com o objectivo de levar estes públicos a aprender de forma lúdica mais sobre outras culturas.

O projecto chama-se «Museu, espelho meu» e foi lançado em Lisboa na terça-feira, sendo da responsabilidade do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Inter-Cultural, que desafiou o Instituto de Museu e da Conservação (IMC) a participar.

 No total, participarão 50 museus, 25 de cada país. De Portugal, além das estruturas tuteladas pelo IMC, apenas foram convidados os dois museus municipais algarvios, o que atesta bem a importância do trabalho que está a ser desenvolvido.

«Apresentámos uma comunicação sobre a Rede de Museus do Algarve num encontro recente e eles ficaram entusiasmados», contou José Gameiro, director do Museu de Portimão. 

«Esta rede de museus, a nível regional, é uma experiência inédita em Portugal, onde só existe uma rede nacional. Daí o interesse que a experiência suscitou», acrescentou, em declarações ao «barlavento»."

in, Barlavento, Janeiro de 2009
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Um projecto muito interessante, o qual deixa o PC&ARQUEO muito contente, devido ao facto de existir esta capacidade de envolver vários museus da região Algarvia.
É bom notar esta vivacidade pela parte dos museus.

sábado, 24 de janeiro de 2009

BBC - Pompeii - The Last Day 3/5




Escrita do Sudoeste - Projecto Estela!


"Tentar ler uma estela epigrafada com escrita do Sudoeste é como conseguir ler os sons de um texto em chinês mas não compreender o que lá está escrito.

«Compreender o que está escrito nessas estelas é uma tarefa quase impossível», salientou o arqueólogo Amílcar Guerra nos I Encontros da Escrita do Sudoeste, que decorreram na sexta-feira passada em Almodôvar.  

É que os achados epigrafados, sobretudo estelas funerárias em xisto, são ainda «muito escassos», apresentando, na sua maioria, «textos fragmentados».  

«O corpus de dados de que dispomos é tão limitado, que as ilações que se podem tirar a partir delas são muito poucas», frisou.

O Projecto Estela, considerado pelo presidente deste município do Baixo Alentejo como «importantíssimo para valorizar o nosso património», deverá vir a contar com a participação activa da Câmara de Loulé.  

O vereador Paulo Bernardo, presente nos Encontros da Escrita do Sudoeste, revelou ao «barlavento» que, tendo em conta a importância que este património tem também para este concelho algarvio, «estão a ser equacionados os moldes da nossa participação»."

 inBarlavento, Janeiro de 2009

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Um projecto muito interessante, há que notar, relacionado com um área da arqueologia que ainda está envolto mistério, as estelas apresentam-se como um cinzento na arqueologia Portuguesa. Felicito a posição da Câmara Municipal de Loulé, devido à sua abertura para com o património, por outro lado lamento a falta do mesmo espírito em outros locais do concelho.