"Tentar ler uma estela epigrafada com escrita do Sudoeste é como conseguir ler os sons de um texto em chinês mas não compreender o que lá está escrito.
«Compreender o que está escrito nessas estelas é uma tarefa quase impossível», salientou o arqueólogo Amílcar Guerra nos I Encontros da Escrita do Sudoeste, que decorreram na sexta-feira passada em Almodôvar.
É que os achados epigrafados, sobretudo estelas funerárias em xisto, são ainda «muito escassos», apresentando, na sua maioria, «textos fragmentados».
«O corpus de dados de que dispomos é tão limitado, que as ilações que se podem tirar a partir delas são muito poucas», frisou.
O Projecto Estela, considerado pelo presidente deste município do Baixo Alentejo como «importantíssimo para valorizar o nosso património», deverá vir a contar com a participação activa da Câmara de Loulé.
O vereador Paulo Bernardo, presente nos Encontros da Escrita do Sudoeste, revelou ao «barlavento» que, tendo em conta a importância que este património tem também para este concelho algarvio, «estão a ser equacionados os moldes da nossa participação»."
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Um projecto muito interessante, há que notar, relacionado com um área da arqueologia que ainda está envolto mistério, as estelas apresentam-se como um cinzento na arqueologia Portuguesa. Felicito a posição da Câmara Municipal de Loulé, devido à sua abertura para com o património, por outro lado lamento a falta do mesmo espírito em outros locais do concelho.
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